quarta-feira, 14 de novembro de 2012

RECORDE: EMISSÕES CHEGAM A 34 BILHÕES DE TONELADAS MÉTRICAS EM 2011.

























Instituto de Energias Renováveis da Alemanha (IWR) divulgou nesta terça-feira (13) seus dados referentes às emissões mundiais de gases do efeito estufa (GEEs) e revelou que em 2011 foram liberadas 34 bilhões de toneladas, um novo recorde, ficando quase um bilhão de toneladas acima da marca de 2010, 33,2 bilhões.

O IWR afirma que depois de um período de queda nas emissões entre 2008 e 2009, que agora está claro que foi causado exclusivamente pela recessão econômica mundial e não por ações de redução de emissões, os países voltaram a liberar quantidades crescentes de GEEs.

“Se a atual tendência continuar, as emissões globais subirão 20% até 2020, para mais de 40 bilhões de toneladas de CO2”, alertou Norbert Allnoch, diretor do IWR. Para se ter ideia, em 1990 as emissões mundiais eram de 22,7 bilhões.

Entre os maiores emissores, a China aparece em primeiro com 8,9 bilhões, uma alta de 600 milhões com relação a 2010. Os Estados Unidos estão em segundo lugar com 6 bilhões, uma redução se comparado com o ano passado, quando o país registrou 6,2 bilhões. A Índia ultrapassou a Rússia como terceira maior emissora, com 1,8 bilhões. O Brasil aparece em 12o, com 488 milhões, um aumento de 24 milhões com relação a 2010.

O Instituto salienta que o modelo do Protocolo de Quioto claramente não está funcionando, já que os países se preocupam mais com crescimento econômico e com a sua competitividade do que com reduzir emissões. 

“Precisamos de uma iniciativa que seja positiva para os negócios, que busque incentivar investimentos em baixo carbono e não um modelo que limite a economia, o que obviamente não é aceitável”, afirmou Allnoch.

O IWR defende a adoção do plano CERINA, que propõe que cada país seja obrigado a investir em tecnologias limpas uma quantidade de recursos pré-determinada pelas emissões que é responsável. Assim, as grandes nações poluidoras seriam as que mais investiriam e resolveriam de uma vez por todas o problema das emissões, pois caminhariam rapidamente e naturalmente para uma economia de baixo carbono.


Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/IWR


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