A falta de uma
sinalização clara sobre a inclusão das questões climáticas nas discussões da
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, é um
elemento limitante para os resultados do evento. A crítica é do consultor em
gestão ambiental e sustentabilidade Cláudio Langone.
O engenheiro, que foi secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente em 2003, afirma que, “sem avanço no estabelecimento de metas muito fortes para a redução da emissão de gases do efeito estufa, não vamos avançar na economia verde. Economia verde é sinônimo de economia de baixo carbono, que só pode ser obtida com mudanças na matriz de produção e consumo mundial.”
Já a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, faz questão de destacar que o objetivo da Rio+20 é discutir o desenvolvimento sustentável e a governança sobre o tema. Segundo ela, temas como as convenções do Clima, da Biodiversidade e da Desertificação – todos discutidos há 20 anos na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio92 – não serão negociados agora.
“Esses espaços foram instituídos na Rio92, que criou a Convenção das Partes do Clima, por exemplo. A Rio+20 vai discutir o desenvolvimento sustentável, a governança sobre o tema e os objetivos com seu instrumento de confecção, que é a economia verde”, disse. Izabella Teixeira explicou que os debates sobre segurança energética, hídrica, alimentar e a erradicação de pobreza, que estão na agenda do evento, vão tratar de outros temas como o do clima.
Langone, no entanto, não acredita que o alerta seja suficiente para colocar o clima como prioridade durante a conferência. Para ele, a Rio+20 vai terminar sem essas definições e o resultado dessa soma, de baixa expectativa com o contexto mundial de crise econômica, pode ser uma resolução final “sem sal”.
“Os países que mais poderiam puxar essa liderança são os europeus, que seriam os aliados preferenciais do Brasil nessa questão. Mas a comunidade europeia está limitada pelo contexto da crise. O cenário nublado para os próximos anos impede que os europeus assumam compromissos muito fortes”, avaliou.
Para o consultor, os países precisam buscar as brechas de oportunidades que apontem um processo de construção progressiva do desenvolvimento sustentável. Langone acredita que o Brasil deve assumir um papel de liderança nesse debate. “O Brasil tem coisas em escala para mostrar, como na área de energia. O grande avanço da [energia] eólica é um fenômeno mundial. A parte de construção sustentável é um setor muito consistente aqui, que está gerando oportunidades de negócios e um número significativo de empregos verdes. E ainda temos a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, enumerou.
O engenheiro, que foi secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente em 2003, afirma que, “sem avanço no estabelecimento de metas muito fortes para a redução da emissão de gases do efeito estufa, não vamos avançar na economia verde. Economia verde é sinônimo de economia de baixo carbono, que só pode ser obtida com mudanças na matriz de produção e consumo mundial.”
Já a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, faz questão de destacar que o objetivo da Rio+20 é discutir o desenvolvimento sustentável e a governança sobre o tema. Segundo ela, temas como as convenções do Clima, da Biodiversidade e da Desertificação – todos discutidos há 20 anos na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio92 – não serão negociados agora.
“Esses espaços foram instituídos na Rio92, que criou a Convenção das Partes do Clima, por exemplo. A Rio+20 vai discutir o desenvolvimento sustentável, a governança sobre o tema e os objetivos com seu instrumento de confecção, que é a economia verde”, disse. Izabella Teixeira explicou que os debates sobre segurança energética, hídrica, alimentar e a erradicação de pobreza, que estão na agenda do evento, vão tratar de outros temas como o do clima.
Langone, no entanto, não acredita que o alerta seja suficiente para colocar o clima como prioridade durante a conferência. Para ele, a Rio+20 vai terminar sem essas definições e o resultado dessa soma, de baixa expectativa com o contexto mundial de crise econômica, pode ser uma resolução final “sem sal”.
“Os países que mais poderiam puxar essa liderança são os europeus, que seriam os aliados preferenciais do Brasil nessa questão. Mas a comunidade europeia está limitada pelo contexto da crise. O cenário nublado para os próximos anos impede que os europeus assumam compromissos muito fortes”, avaliou.
Para o consultor, os países precisam buscar as brechas de oportunidades que apontem um processo de construção progressiva do desenvolvimento sustentável. Langone acredita que o Brasil deve assumir um papel de liderança nesse debate. “O Brasil tem coisas em escala para mostrar, como na área de energia. O grande avanço da [energia] eólica é um fenômeno mundial. A parte de construção sustentável é um setor muito consistente aqui, que está gerando oportunidades de negócios e um número significativo de empregos verdes. E ainda temos a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, enumerou.
Fonte: Agência
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário