A ex-ministra do Meio Ambiente e ativista Marina Silva, que atualmente comanda o Instituto Marina Silva e faz parte do Instituto Democracia e Sustentabilidade, esteve nesta sexta-feira (22) no Riocentro durante o lançamento da União Global pela Sustentabilidade (UGS) e aproveitou para deixar a sua mensagem sobre os resultados decepcionantes da Rio +20.
Ela parabenizou a todos os membros da UGS , elogiando que são iniciativas como essa que a fazem continuar a ter esperança.
“Acabamos de fazer um grande encontro de países e infelizmente o resultado de tudo isso está muito distante das necessidades do nosso planeta. Vejo que estamos diante de uma espécie de vácuo de governança em relação a quem quer ajudar a liderar a segurança do planeta e as saídas para a crise ambiental global. Sinto que foi entregue à sociedade a responsabilidade do esforço para mudar o que está acontecendo com o planeta”
O documento resultante da Rio +20, amplamente criticado por movimentos socioambientais, “tem objetivos genéricos para o desenvolvimento sustentável, sem mecanismos de financiamento e sem uma governança forte”, critica.
Marina ressalta que talvez a maior perda resultante desse encontro seja do principio do multilateralismo para resolver o problema ambiental global.
“Até então se dizia que o esforço tinha que ser multilateral, com instrumentos que viabilizassem respostas para o grave problema do planeta mas com a ação de todos os países e agora com a ideia de objetivos genéricos para o desenvolvimento sustentável, cada um vai fazer de acordo com suas possibilidades sem comprometer suas velhas oportunidades. Então a sociedade tem uma responsabilidade muito grande”.
Para Marina, isto tudo significa o repasse para a sociedade da responsabilidade, como se os líderes estivem dizendo: “decidimos que vamos mais uma vez adiar e que vocês empresas, academia, cidadãos de um modo geral, façam alguma coisa”.
“Na minha opinião, estamos na contramão de uma transição excessivamente demorada, por que o planeta não tem mais tempo para isso, já está em 50% no vermelho ou diante das possibilidade de fazer uma ruptura abrupta porque não se muda um modelo de desenvolvimento da noite para o dia”, lamentou.
Porém, Marina diz estar animada, acreditando ser possível fazer uma mutação possibilitadora no perfil econômico, social, cultural, “entendo a sustentabilidade não apenas como uma maneira de fazer mas como uma maneira de ser , como um ideal de vida”
Desta forma, se a sociedade absorver o porque desta mutação, isso se refletirá nas empresas, nas escolas. Otimista, apesar das frustrações com a política assumida pelo governo nos últimos anos, ela acredita profundamente que é possível promover esta mutação. Isto por que o que está acontecendo no mundo é um ativismo completamente diferente, explica, é um ativismo autoral.
“As pessoas estão aqui por que querem ser autoras e co-autoras desse mundo possível que nós escolhemos. A ideia das profecias de um novo tempo que acaba sendo destruído pelo próprio homem é um aviso que não é em vão, é porque se nós temos o poder de acabar com ele também temos o poder de preservá-lo”.
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
“Acabamos de fazer um grande encontro de países e infelizmente o resultado de tudo isso está muito distante das necessidades do nosso planeta. Vejo que estamos diante de uma espécie de vácuo de governança em relação a quem quer ajudar a liderar a segurança do planeta e as saídas para a crise ambiental global. Sinto que foi entregue à sociedade a responsabilidade do esforço para mudar o que está acontecendo com o planeta”
O documento resultante da Rio +20, amplamente criticado por movimentos socioambientais, “tem objetivos genéricos para o desenvolvimento sustentável, sem mecanismos de financiamento e sem uma governança forte”, critica.
Marina ressalta que talvez a maior perda resultante desse encontro seja do principio do multilateralismo para resolver o problema ambiental global.
“Até então se dizia que o esforço tinha que ser multilateral, com instrumentos que viabilizassem respostas para o grave problema do planeta mas com a ação de todos os países e agora com a ideia de objetivos genéricos para o desenvolvimento sustentável, cada um vai fazer de acordo com suas possibilidades sem comprometer suas velhas oportunidades. Então a sociedade tem uma responsabilidade muito grande”.
Para Marina, isto tudo significa o repasse para a sociedade da responsabilidade, como se os líderes estivem dizendo: “decidimos que vamos mais uma vez adiar e que vocês empresas, academia, cidadãos de um modo geral, façam alguma coisa”.
“Na minha opinião, estamos na contramão de uma transição excessivamente demorada, por que o planeta não tem mais tempo para isso, já está em 50% no vermelho ou diante das possibilidade de fazer uma ruptura abrupta porque não se muda um modelo de desenvolvimento da noite para o dia”, lamentou.
Porém, Marina diz estar animada, acreditando ser possível fazer uma mutação possibilitadora no perfil econômico, social, cultural, “entendo a sustentabilidade não apenas como uma maneira de fazer mas como uma maneira de ser , como um ideal de vida”
Desta forma, se a sociedade absorver o porque desta mutação, isso se refletirá nas empresas, nas escolas. Otimista, apesar das frustrações com a política assumida pelo governo nos últimos anos, ela acredita profundamente que é possível promover esta mutação. Isto por que o que está acontecendo no mundo é um ativismo completamente diferente, explica, é um ativismo autoral.
“As pessoas estão aqui por que querem ser autoras e co-autoras desse mundo possível que nós escolhemos. A ideia das profecias de um novo tempo que acaba sendo destruído pelo próprio homem é um aviso que não é em vão, é porque se nós temos o poder de acabar com ele também temos o poder de preservá-lo”.
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
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