Incêndios nos Estados Unidos e tempestades sem precedentes no Suriname criam nova onda de preocupação com as mudanças no clima do planeta.
Pela quarta vez em menos de um ano, uma tempestade tropical, comum nos países do Caribe, mas do tipo que nunca tinha chegado ao Suriname, atingiu a costa da pequena nação sul-americana, causando prejuízos e provocando o desalojamento de centenas de pessoas.
“Pela primeira vez na história estamos sofrendo os efeitos de tempestades deste porte”, comentou Ginmardo Kromosoeto, ministro surinamês do Meio Ambiente.
Segundo John Goedschalk, diretor da Agência de Desenvolvimento de Compatibilidade Climática (CCDA) do Suriname, não há dúvidas de que algo está mudando no clima. “Não deveríamos nem questionar se esse tempo é causado pelas mudanças climáticas. O oceano está aquecendo e a intensidade do vento que estamos vivenciando é uma reação natural a este fenômeno.”
Os danos causados pela tempestade ainda não foram divulgados, mas o governo surinamense acredita que os custos cheguem a US$ 154 mil. O vice-presidente Robert Ameerali declarou que haverá ainda mais gastos: cerca de US$ 3,1 milhões anuais serão colocados à disposição do Centro de Coordenação Nacional para Assistência em Desastres (NCCR) para um fundo de auxílio que será estabelecido para vítimas do clima.
Goedschalk afirmou também que sua agência está em negociação com o Instituto Nacional para Meio Ambiente e Desenvolvimento para criar uma força-tarefa que avaliará a situação. O diretor espera que entre os assuntos tratados esteja a legislação de construção do Suriname.
“Ainda construímos casas de formas convencionais, porque nunca levamos ventos fortes em consideração. Mas com o aumento que estamos vendo na força dos ventos, deveríamos adicionar requisitos como melhor fixação de telhados em nossa legislação”, disse.
EUA
Os Estados Unidos também enfrentam problemas com extremos climáticos. Em Montana e Utah, os incêndios estão descontrolados, e no Colorado, eles mataram quatro pessoas e destruíram centenas de casas. Isso porque, com o inverno mais brando, a neve derreteu mais rapidamente, possibilitando que a temporada de incêndios começasse mais cedo.
“Isso nos coloca em um verão mais longo, mais seco. Então tudo o que você precisa é uma fonte de combustão e vento”, observou Steven Running, ecologista florestal da Universidade de Montana.
Estes incêndios têm custado pelo menos US$ 1 bilhão por ano e têm ajudado a alastrar problemas de saúde, que vão de doenças relacionadas ao pulmão, coração e rins a estresse pós-traumático, enfatizou Howard Frumkin, especialista em saúde pública da Universidade Washington.
“A fumaça de incêndios é como a poluição intensa do ar. O nível de poluição pode ficar muitas vezes maior do que em um dia ruim na Cidade do México ou em Pequim”, alertou Frunkin.
As altas temperaturas que estão alimentando esses incêndios coincidem com as projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC), que afirmou que estes calores extremos, com um pequeno resfriamento durante a noite, são um dos impactos do aquecimento global, assim como tempestades severas, enchentes e secas.
“O que estamos vendo é uma janela para a real forma do aquecimento global. Isso proporciona imagens vívidas do que podemos esperar para o futuro”, observou Michael Oppenheimer, da Universidade de Princeton.
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
Segundo John Goedschalk, diretor da Agência de Desenvolvimento de Compatibilidade Climática (CCDA) do Suriname, não há dúvidas de que algo está mudando no clima. “Não deveríamos nem questionar se esse tempo é causado pelas mudanças climáticas. O oceano está aquecendo e a intensidade do vento que estamos vivenciando é uma reação natural a este fenômeno.”
Os danos causados pela tempestade ainda não foram divulgados, mas o governo surinamense acredita que os custos cheguem a US$ 154 mil. O vice-presidente Robert Ameerali declarou que haverá ainda mais gastos: cerca de US$ 3,1 milhões anuais serão colocados à disposição do Centro de Coordenação Nacional para Assistência em Desastres (NCCR) para um fundo de auxílio que será estabelecido para vítimas do clima.
Goedschalk afirmou também que sua agência está em negociação com o Instituto Nacional para Meio Ambiente e Desenvolvimento para criar uma força-tarefa que avaliará a situação. O diretor espera que entre os assuntos tratados esteja a legislação de construção do Suriname.
“Ainda construímos casas de formas convencionais, porque nunca levamos ventos fortes em consideração. Mas com o aumento que estamos vendo na força dos ventos, deveríamos adicionar requisitos como melhor fixação de telhados em nossa legislação”, disse.
EUA
Os Estados Unidos também enfrentam problemas com extremos climáticos. Em Montana e Utah, os incêndios estão descontrolados, e no Colorado, eles mataram quatro pessoas e destruíram centenas de casas. Isso porque, com o inverno mais brando, a neve derreteu mais rapidamente, possibilitando que a temporada de incêndios começasse mais cedo.
“Isso nos coloca em um verão mais longo, mais seco. Então tudo o que você precisa é uma fonte de combustão e vento”, observou Steven Running, ecologista florestal da Universidade de Montana.
Estes incêndios têm custado pelo menos US$ 1 bilhão por ano e têm ajudado a alastrar problemas de saúde, que vão de doenças relacionadas ao pulmão, coração e rins a estresse pós-traumático, enfatizou Howard Frumkin, especialista em saúde pública da Universidade Washington.
“A fumaça de incêndios é como a poluição intensa do ar. O nível de poluição pode ficar muitas vezes maior do que em um dia ruim na Cidade do México ou em Pequim”, alertou Frunkin.
As altas temperaturas que estão alimentando esses incêndios coincidem com as projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC), que afirmou que estes calores extremos, com um pequeno resfriamento durante a noite, são um dos impactos do aquecimento global, assim como tempestades severas, enchentes e secas.
“O que estamos vendo é uma janela para a real forma do aquecimento global. Isso proporciona imagens vívidas do que podemos esperar para o futuro”, observou Michael Oppenheimer, da Universidade de Princeton.
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
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